Os mitos da gravidez
Vamos falar sobre alguns MITOS
que pairam sobre a cabeça das futuras mamães. Basta
a mulher engravidar para ouvir uma série de opiniões sobre esse período. Uma
boa parte das opiniões são mitos que deixam as futuras mamães cheias de
dúvidas, mas que não têm explicações científicas. Veja abaixo se os mitos mais
comuns das gestações são verdadeiros ou falsos.
Formato da barriga indica o sexo do bebê
MITO: Segundo a Dra. Rosa Maria Neme,
doutora em ginecologia e obstetra do Einstein, não é verdade que barriga
pontuda indica a chegada de um menino e a barriga mais arredondada uma menina.
“O formato do corpo da mãe determina como será a barriga, se mais arredonda ou
pontuda.” Simples assim.
Enjoar demais é sinal de rejeição ao filho
MITO: O que determina o enjoo são a
intensidade e a sensibilidade materna à progesterona, o hormônio da gravidez.
“Mulheres mais sensíveis ao hormônio vão enjoar mais e durante um período maior
do que o esperado, que são as primeiras semanas de gestação”, explica a médica.
Ou seja, se você está mais mareada do que uma pessoa conhecida é porque seu
corpo tolera menos o hormônio. Não tem nada a ver com o amor que você sente
pelo bebê.
Dizem que enjoar demais no final da gestação significa que o bebê é cabeludo
MITO: Aqui também vale a mesma explicação
dada no item acima: o nível de tolerância da gestante ao hormônio da gravidez é
que influencia na intensidade do enjoo. Além do limiar de tolerância, outro
fator contribui para o enjoo no final da gestação. Com o crescimento do útero,
o estômago fica comprimido e deslocado, fora do normal, o que acaba
comprometendo a digestão, propiciando o enjoo e a azia. Ou seja, um bebê
cabeludo pode nascer de uma mãe que não ficou nem um pouco mareada. Enquanto
outra mãe pode dar à luz um bebê carequinha depois de passar a gestação inteira
enjoadíssima.
É verdade que grávida precisa ter a vontade de comer algo respeitada caso contrário o bebê pode ter manchas na pele?
MITO: É um mito sem explicação científica.
A origem talvez esteja no conceito de que a grávida estaria liberada para comer
qualquer coisa, na quantidade que deseja, e sem restrição do cardápio sob o
risco de prejudicar o desenvolvimento da criança. Então, se uma criança nascer
com uma mancha vermelha na pele em suposto formato de morango, com certeza, não
é porque a mãe foi privada de comer a fruta durante a gestação.
Ter muitos pesadelos indica rejeição ao bebê
MITO: A obstetra explica que, conforme a data
do parto se aproxima, a ansiedade materna aumenta, deixando-a mais sensível
inclusive durante o sono. “As gestantes sonham mais e com mais intensidade por
causa da ansiedade pelo nascimento e todas as mudanças que irão ocorrer a
partir de então. Não significa que ela não gosta do filho.”
Passar muito estresse na gestação deixa o bebê nervoso
MITO: “O estresse pode estar ligado à maior
ocorrência de contrações durante a gravidez”, diz Dra. Rosa. Isso pode
acontecer porque ao passarmos por algo estressante o corpo libera uma descarga
de adrenalina, que afeta todos os órgãos. “Dependendo do grau de estresse, a
quantidade de adrenalina no corpo pode ser alta e provocar contrações que
eventualmente podem levar ao trabalho de parto antecipado”, explica. Isso não
significa que esse bebê será nervoso por causa da adrenalina.
Bebês nascidos de oito meses correm mais risco do que os sete meses
MITO: Aliás, isso é impossível de
acontecer. Quanto mais tempo um bebê fica na barriga, mais maturidade ele terá
e, portanto, menos problemas ao nascer.
Mães com seios maiores terão mais leite
MITO: A Dra. Rosa explica que o que
determina a quantidade de leite não é o tamanho do seio, mas a quantidade de
ductos mamários funcionantes neste período e a pega correta.
Mulheres de quadril largo são excelentes parideiras
MEIA VERDADE: Segundo Dra Rosa, se a mulher tiver o
osso da bacia largo, sim, as chances de ela ter um parto normal são maiores.
“Mas é difícil diferenciar, a olho nu, a grávida de quadril largo daquela com
bumbum grande”, diz a médica.
Sexo durante a gravidez faz mal e pode antecipar o parto
MITO: A Dra Rosa Neme explica que a origem
desse mito pode estar no fato de uma substância presente no sêmen poder, às
vezes, causar uma discreta cólica, que acaba sendo confundida com contração do
trabalho de parto. O sexo durante a gestação não faz mal. Nem
desencadeia o trabalho de parto prematuro.
Grávida só pode dormir do lado esquerdo
MEIA VERDADE: “As gestantes podem dormir do jeito
que se sentirem melhores. Indicamos dormir mais do lado esquerdo para evitar a
compressão da veia cava, que fica logo atrás do útero, no lado direito da
mulher. A compressão pode provocar falta de ar e queda de pressão”, esclarece a
médica. Essa recomendação é dada principalmente no final da gravidez, quando a
barriga está grande e pesada. Antes desse período, qualquer posição para dormir
é aceitável.
Tomar canjica e cerveja preta aumenta a produção do leite
MITO: A produção do leite está relacionada
com a quantidade de ductos mamários, a uma pega eficiente e à estimulação feita
pelo bebê. A ingestão de líquidos é importante para repor a perda durante a
amamentação. Então, melhor que a gestante beba água pura, sempre. Canjica é
muito calórica e cerveja tem álcool que pode chegar ao leite.
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