Como escapar da anemia?
Anemia é
definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o
conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal. A hemoglobina é uma
proteína muito importante que transporta o oxigênio necessário para o
funcionamento de todos os tecidos do corpo.
Existem
várias causas da anemia, mas a deficiência de ferro é responsável por 90% das
anemias em crianças e adolescentes. O ferro é um nutriente que atua na
fabricação das hemoglobinas.
A falta
desse nutriente pode ocorrer em várias situações como em grandes perdas de
sangue (traumas ou ferimentos) e pela dieta pobre em ferro, causa principal.
A
deficiência de ferro durante a gestação da mamãe aumenta o número de
nascimentos prematuros e de baixo peso, porém, a quantidade de ferro no bebê ao
nascer não é influenciada pela deficiência da mãe, com exceção dos casos de
deficiência materna muito grave.
Uma
importante observação: a alimentação inadequada faz com que a anemia por
deficiência de ferro apareça em crianças que aparentemente gozam de boa saúde,
como as mais “gordinhas”, e em todas as classes sociais. Os filhos irão comer
os alimentos que os pais lhe apresentam.
Leite
materno rico em ferro
Até os
seis meses de vida o aleitamento materno exclusivo supre as necessidades de
ferro da criança, não necessitando de qualquer forma de complementação e nem de
introdução de alimentos sólidos.
No
entanto, crianças que tomam leite de vaca têm maiores riscos de ter anemia. O
leite de vaca tem pouca quantidade de ferro e este é menos absorvido que o
ferro do leite materno. Por esse “simples” detalhe é que nunca devemos
substituir o leite da mamãe pelo leite da vaca.
Bebê Prematuro
Atenção
deve ser redobrada com os prematuros e os bebês que apresentaram baixo peso ao
nascer. Por terem seu crescimento muito rápido, a necessidade de ferro é maior
e a possibilidade de complementação desse mineral é grande.
Crianças
de 6 a 24 meses, onde o crescimento e o desenvolvimento acelerados determinam
uma necessidade de ferro em maior quantidade, tendem a desenvolver anemia. Além
do crescimento acelerado, a introdução de alimentos deficiente em ferro pode
contribuir para o aparecimento da doença.
Depois
dos 2 anos, a taxa de anemia diminui, voltando a subir na adolescência em
consequência do novo surto de crescimento e da alimentação inadequada.
O sintoma mais comum da anemia é a palidez nas mucosas, principalmente nas pálpebras dos olhos. Outros sintomas são a fadiga, fraqueza, falta de apetite, cansaço fácil ao se exercitar, sensação de tonteira e desmaio, falta de ar e desatenção e apatia na escola.
A anemia
também prejudica o desenvolvimento físico motor, psicológico, cognitivo e de
linguagem. Se os pais desconfiarem de que seu filho esteja com anemia, devem
levá-lo ao pediatra que pedirá um exame de sangue para diagnosticar a doença.
Se a anemia for comprovada, provavelmente receitará ferro por via oral.
Ferro é o que não falta nesses alimentos!
A melhor
forma de prevenção da anemia é o cuidado com a alimentação das crianças desde a
introdução de alimentos que não seja o leite materno. Os alimentos ricos em
ferro são a carne de vaca, frango e peixe, e o super alimento chamado Leite
Materno. Use e abuse deles!
A
absorção de ferro é aumentada quando ingerido com o acido ascórbico ou acido
cítrico, encontrados nas frutas cítricas (laranja, acerola, limão). Alguns
tipos de chá inibem a absorção de ferro, assim como o leite de vaca em excesso.
Hortaliças
(folhagens, legumes, leguminosas, cereais) possuem ferro em quantidades
pequenas e que são pouco absorvidas pelo organismo do ser-humano. Para que essa
absorção seja potencializada existem alguns fatores, como por exemplo, o
consumo regular de alimentos ricos em vitamina C.
Não tente elaborar uma dieta para seu filho por conta própria. Consulte um pediatra ou uma nutricionista para garantir que você esteja fazendo a coisa certa. Não brinque com a saúde de seu filho.
Se a
deficiência de ferro for descartada, a anemia pode ter outra causa e precisa
ser investigada. São causas da anemia a deficiência na produção de glóbulos
vermelhos, doenças crônicas, doenças renais, leucemia, perdas de sangue,
osteoporose, doenças hereditárias (ex: talassemia e a anemiafalciforme),
doenças parasitárias (ex: esquistossomose e malária) e deficiência de vitamina
B12.
Bruno Rodrigues
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